Echo, echo, echo(...)

sexta-feira, 1 de abril de 2011

24 de agosto de 2010.

Pensamento Coiceiro do Ato de Cogitar


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O desastre que a lucidez pede é inevitável: sempre há um preço a ser pago.
Desde sempre soube disso.
Não gostava de meus versos por puro instinto – eles eram consumidos por meus torpores não executados.
Se olhava de repente para o meu verdadeiro EU, escutava o sopro de meu pensamento transformado em voz – e não era incoerente, antes disso e num instante, era espontâneo e infinito.
Hoje adormecerá cedo e abrirá os olhos tarde.
Terá tudo como sempre foi.

O demônio indiferente da juventude ainda estará quente, arrebanhando novos seguidores.

Se perguntava qual seria o ápice da insanidade.
Quando chegou o momento de deixar livre sua própria opinião, arrastou-se equivocado através dos becos imundos do bairro onde morava.
Soube, por ventura, que os avanços e solavancos de uma vida exaustiva de orgias estava no fim.
Não se convencia de que o espelho estava certo e sentiu pânico por permanecer Dorian Gray.

Iria abrir os olhos ao anoitecer sabendo o quão desastrosa a lucidez pode ser.
Os loucos são sempre mais felizes.

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