Echo, echo, echo(...)

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Em mim.


Elena passou a infância feliz, num mundo encantador de livros ilustrados, cães e gatos amigos, grama verde e paisagens marinhas. Aos 20 anos freqüentava reuniões regadas a vinho e rostos sorridentes. O semblante brilhante e as magras pernas cruzadas ao sentar (achava que era Cristo). Pensou que poderia escrever facilmente sua vida entre as longas horas em que flertava com a decência. Vivia devagar. Apegada demais. Seu único erro realmente. Ela desabrochava tentando agradar o mundo com suas rimas cheias de bolor e suas descobertas sexuais cansativas.

- Justine Febril,2004.

Obs.: Na foto, Elena, Chiclete, Marininha. Bela trupe!

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Conversando impropriedades - confissão espontânea de uma paquera.


- O que aconteceu?
- Bem, eu vi quando ele passou com aquele andar em falso. Sabe, aquele andar que tem um quê de obsceno, um quê convidando para um banquete a dois? Pois bem, esse convite mudo me paralisou a respiração. Tive anseios de olhares e mãos.
(...)
Pausa.
(...)
- O tecido mole de sua roupa esconderia um órgão flácido? Ai, meu Deus, esse tipo de convite sem intenção sempre me deixou aflita(...)
- Foi o que pensei: não poderia conter meus pensamentos assim tão fácil, nem tampouco me livrar da ação posterior à visão desse caminhar lento, que só os homens acima do peso são realmente capazes de ter.
- E ele era gordo então?
- Estava acima do peso é verdade. Uma mulher mais apegada à realidade teria deixado passar esse momento(...) Só sei que ele caminhava lerdo, e não parava, não olhava em volta, de forma que não pude ver seu rosto nem tencionei fazê-lo, mas aquele caminhar lento(...) Como eu fiquei distraída absorta em pensamentos graciosos a partir daquele andar(...) Sequer volvia o olhar para o que acontecia ao lado.
- E ?
- Ai. Eu mordia os lábios e a saliva desaguava na terceira dimensão entre minha língua e meu céu da boca. Eis que surgiu o melhor e o pior de mim: Movida por um impulso me vi a segui-lo próximo aos restaurantes do meio do caminho. A perseguição durou apenas alguns minutos: ele, como que por meio de magia, deu meia volta, parou em minha frente e ficou me encarando.
- Como ele era?
- Ele era encantadoramente feio. Travamos uma batalha entre nós mesmos e o desejo.
- E depois?
- Ah, depois ele passou a me telefonar nas horas absurdas quando pouco restava de mim para qualquer afago. Queria me ver todos os minutos de todas as horas de todos os dias da semana. Imagine: ele viciou-se em mim e eu tive de deixá-lo. Por mais que seja estranho esse ato para uma mulher: eu gosto de ir atrás das coisas que quero e não que as coisas venham atrás de mim.


Obs; Na foto Grace e Narayana.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009


Contemplo todos os meus sonhos lembrando as bocas que beijei (e minhas perguntas, há tanto tempo sem respostas, começam a descrever minha natureza inconsequente). Comecei a ficar aflita por mãos fortes e licor fino misturado à soda; desejo profundo pelo que submete. Procuro não deixar que nada me escape e não devo, de qualquer forma, deixar-me escapar. Saio andando, duelando com o que deve acontecer, no entanto, finjo portar armas brancas, brilhantes armas novíssimas. - Cogito abandonar velhos hábitos baseados em coisas exatas. - Nada me impede de seguir em frente: afinal o que poderia me afetar? Meu mundo não é novo. Mas há sempre a novidade dos quartos onde só cabem dois corpos – finjo, mas não fujo.
É importante invocar as imagens antigas para que eu consiga funcionar entre instinto e decisões insensatas.
O que restará de mim quando isso acabar? Desejarei algo que entorpeça? Chegarei a um ponto consensual devido ao desgaste e ao uso que eu faço de mim mesma? A minha indefinição e a minha busca, por uma transformação que me deixe completa e perfeita, beiram a fanfarra, a parada, a moral, a mancha na imagem, a desordem e tudo o mais humanamente esperado.
Ouso ser.
Embriago-me e revelo-me em movimentos bruscos e passos leves. Conheço todos os labirintos que cruzo até o cansaço: quem não me amaria se um dia acordasse prostituta cristã tornada poeta?

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Romance


Paula era o tipo de mulher de meia idade que despertava o interesse de Daniel. Ela era o tipo normal de mulher: usava maquiagem para disfarçar as imperfeições que o tempo cedo ou tarde causa.
Daniel gostava de mulheres que não aparentavam desespero ao ser observadas, além do mais Paula nunca prendia os cabelos.
Ele pediu que o garçom entregasse o bilhete e uma taça de vinho e eles foram para casa entusiasmados.
Daniel sentiu um pouco de desconforto ao notar o quão sensual ela era em comparação a ele que já não estava no auge sem as roupas (ao menos seu membro encontrava-se a toda dentro das calças: ele sabia que ela o desejava, senão não estaria com ele, não é?). Ela tomou um banho curto e pediu que ele aguardasse, pois tinha verdadeira paixão por homens com o perfume misturado ao suor. Quando ela voltou, ele pôde constatar como o corpo dela era lindo, a pele lisa e limpa, os pêlos arrepiados, os movimentos curtos... como ele a desejava apesar de tê-la sempre por perto?
Quando ela abriu as pernas ele fechou os olhos, bem podia jurar que sentiu um cheiro de flores. Ao abrir os olhos teve a sensação de estar diante de uma orquídea, uma orquídea de pétalas rosadas. Ele a beijou com doçura, depois lambeu de um extremo ao outro verificando que o suco vaginal de Paula era adocicado. Ele beijou-lhe mais uma vez, sugando o mel que escorria pelas pétalas, esfregou o rosto lentamente e lançou-se com toda sua experiência na arte de fazer uma mulher feliz através da carne. O gozo fez Paula tremer inteira. Ela pegou Daniel pela mão e o levou até o pequeno banheiro. Lavou-o com cuidado exagerado.
Ajoelhando-se, concentrou toda sua energia no ato da felação, como se tivesse nascido para isso. Daniel enlouqueceu de prazer. Antes que ele gozasse ela laçou a cintura dele com uma das pernas – fariam de tudo para escapar da rotina – iniciaram uma dança parecida com um bater de estaca. Foram para a cama ainda molhados e Paula deixou que ele ejaculasse em cima dela.
Acordaram um pouco atrasados para o trabalho. Daniel tomou uma xícara de café e Paula comeu uma fruta.
Ah, essa vida de casado ainda ia acabar com eles.

-Justine Febril.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009


Hoje fui acordada cedo e fiquei cheia de boas vontades. Senti-me como uma criança oriental: inconfundivel. Tive vontade de cantarolar musiquinhas em francês no caminho para o trabalho (foi o que fiz). E também tive vontade de fazer ligações para confessar paixões, ouvir Jason Mraz, tomar vinho e passar a noite em claro. Senti coisas que só se sente quando se está só. E bem que eu gostaria de dividir tudo isso. – a larva do vulcão descendo garganta abaixo, as músicas embriagantes que compartilharia apenas com quem amo, a batida interminável do violão. Tudo tão intima e sinceramente envolvidos (...) estou absolutamente apaixonada por mim.
Fico sentada. Uma caneta na mão direita. A luz. Sempre a luminosidade, a caneta, a cadeira onde me sento todos os dias – e toda essa rotina só me deixa ainda mais feliz pela possibilidade de quebrá-la, transformando a vida em algo inusitado.
Sinto-me saudável. Saudavelmente alegre. A tranqüilidade por perto, sem agitação ou conformidade polida. E os pensamentos sendo mantidos em segredo, arrastando-se lânguidos, refluindo em mim sensação de bonança por ele, por ela, por mim mesma, até o máximo.
Tentei encolher meus gestos, mas apenas aticei o largo sorriso. Não preciso, então, dirigir meu pensamento somente para minha própria existência. Estou repleta de satisfação: minhas mãos estão cheias. Nesse momento não há mais nada que eu possa receber.

(...) e cortei os cabelos no domingo.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Retification - about December/10 Holocaust text.

Hi there,especially Pedro,

happily the information that I received for email on the Holocausto was false:

It was a hoax. It was around in 2007 and even the bbc had something to say on it. You, Gentlemen, can read the history of the hoax here:

http://www.snopes.com/politics/religion/holocaust.asp

It explains what happened and what the claims on the subject were.

Hope you forgive my mistake.

Hug,
N.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009


É possível discernir nosso próprio padrão comportamental do padrão dos que estão ao lado? (Li em algum lugar, entre os poemas de Álvaro Cirne, que as cortinas escondem exibindo-se).
Nunca compreendi por que os mais fortes são imolados aos deuses da ruína e da loucura. Mas, percebo, aos poucos, que ninguém é mais o mesmo de ontem: estaremos em processo de degeneração? Talvez. Acho que infectamos o que temos de mais precioso; degeneramos o que nos é mais querido. – Fazemos isso por fraqueza e vaidade? Talvez. – Acho que o caminho infalível de verdades absolutas, descrito nos livros da vida, pode ser a causa de nossos conflitos. Estamos destinados à perfeição: vitória perfeita ou fracasso perfeito.
“O emblema da desgraça é a desastrosa conotação que o sexo adquire: de termômetro da saúde, passa a espetáculo de açougue. É uma profusão de taras e manias; drogas e signos caducos; ambientes onde o olhar cúmplice fere mais que a palavra viciada (...) o sexo perdeu-se nesse emaranhado de comportamentos rituais; já não é suposto sem os complementos fúnebres recorrentes, ou sem a passagem histérica de um objeto a outro – mergulhou-se na burocracia hedonista da insensibilidade.”
Então é necessário, senhores, que os que se dispõem a escapar da mediocridade, mantenham o esforço constante, para que se possa estar num mundo onde todas as pessoas sejam livres, onde se possa respirar livremente, onde o modelo de raça não se identifique com intransigência e engano, um mundo que não deixe a possibilidade de cairmos mortos de repente.

Obs; Entre aspas, trecho de “Carta aos Acionistas” autoria de Álvaro Cirne.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009


Estava dando uma olhada num material sobre o nazismo e me deparei com uma declaração de certo bispo, Richard Williamson, onde ele negava a ocorrência do Holocausto nazista dos judeus. Williamson falou que o que dizem sobre o Holocausto não tem fundamento, que não há provas de que 6 milhões de judeus tenham sido mortos durante a Segunda Guerra Mundial, nem tampouco foi justificado. Imaginem, senhores, que ele também “questionou o uso de câmaras de gás pelos nazistas para matar judeus presos em campos de concentração.” Esse Williamson só podia estar louco quando fez essa declaração. Isso porque a posição ultraconservadora deve ter torcido algo em seu juízo durante os 20 anos em que esteve excomungado. Então me questionei: “e quanto ao relato das pessoas, ainda vivas, que fizeram parte desse pesadelo? Ah, claro, pessoas mentem. Tinha esquecido.” Padre Quevedo e esse bispo devem tomar vinho do porto juntos – disse Elytelma Araújo.
Afinal quantas provas, quantos registros, quantas fotos, quantos documentos deve haver para que se prove a existência de uma atrocidade sem tamanho como essa? Realmente os documentários, longas, curtas, livros, teses e tantos outros materiais sobre esse assunto devem ter saído da cabeça de pessoas com uma imaginação muito fértil onde, se plantar, de tudo dá. Imagine ser alvo de hostilidade, ser caçado, escravizado e morto durante uma guerra que alcançava a crueldade no máximo da intensidade. Imagine ser uma criança, ser um pai ou mãe de família, médico, músico, ter pouco ou ter tudo, mas ser livre, e, de repente, ver-se num campo de concentração pelo simples fato de você haver nascido, da maneira mais natural, judeu (...)
Depois recebi um e-mail que informava que o Reino Unido estava retirando dos currículos escolares essa parte importante da história. Motivo alegado: porque “ofende” a população muçulmana, que afirma, assim como o bispo, que o Holocausto nunca aconteceu.” O Irã também sustenta essa firmação de que nada aconteceu. É, vai ver que esse “pequeno” acontecimento, tratado como detalhe já sem importância vai virar mito. O mundo está louco. Estou me sentido como quando assisto a debates sobre o meio ambiente e sua preservação. As pessoas agem como se não fosse problema delas, como se o simples fato de não jogar lixo nas ruas não fosse fazer diferença alguma: será, meu Deus, que uma andorinha só, realmente, não faz verão?


Obs.: Na foto, INRI Cristo: mais uma pessoa lúcida num mundo onde Holocausto é mito, não é?

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Metas e tensão para 2010.


Estou muito otimista que, em breve, meu projeto pessoal mais antigo sairá do papel, digo, “no” papel já que se trata de um livro. Com a concretização da primeira parte do que venho ainda produzindo, haverá novas perspectivas providenciais, finalizando, até que enfim, esse ciclo de ideias ao qual eu venho me submetendo intensivamente no último ano. Acho que vocês terão o prazer de visualizar detalhadamente em pouco tempo, creio que em meados do segundo semestre de 2010 - (eu não procuro, a princípio, gerar renda, pois quando iniciei essa empreitada, foi por brincadeira e agora estou finalizando com a preocupação voltada para o senso crítico das pessoas ao meu redor. Bem que agora o lucro que por ventura vier será recebido de braços abertos. Ha ha ha).
O referido livro foi concebido em 1997, através de várias tardes no jardim da casa de minha mãe, porém a execução/publicação não aconteceu. Para que eu tirasse “o pergaminho” de dentro da gaveta, reavivasse a chama de mostrar o que escrevi e escrevo aos outros foi necessário, durante um intervalo de 11 anos, um comitê de amigos me dizendo, quase que diariamente, que eu deveria encaminhar o material a uma editora o mais rápido possível, porém, cada pessoa que tentava me convencer a tanto, sentia a frustração tomando o lugar do entusiasmo, visto que quem deveria tentar-me convencer era ninguém mais, ninguém menos que eu mesma.
Foi quando o sábio Prof. Antenor Laurentino Ramos leu alguns de meus contos e disse: “Narayana, isso não pode ficar guardado só para você.” e eu disse acanhada: “ainda não está pronto” no que ele disse: “é, estou convencido de que ninguém é bom juiz em causa própria. É claro que este material está pronto. Eu diria que está prontíssimo!”
O problema é que além de eu achar que os contos estão inacabados, existe esse livro atravancando o meu caminho, mas pretendo finalizá-lo o quanto antes para poder encabeçar de vez nos outros projetos que me são tão preciosos.
Tempo, tempo, tempo. E mais tempo. Puta merda!
Mas, saibam, queridos amigos, que cada um de vocês contribuiu de alguma forma para que esse livro aconteça.
Obrigada.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Sobre o comentário do comediante sacana.


O que o carioca tanto deplorou na “brincadeirinha” feita por esse conhecido e decadente comediante – e talvez não deplorasse tanto se o comentário feito pelo “Homem Bicentenário” fosse direcionado, diretamente, a qualquer outro lugar que não o Rio de Janeiro – talvez seja o fato de – como disse Armando Moya – haver “mexido com algo que o carioca tem demais: o orgulho.”
Mas, senhores, mais grave que uma piada infame é a forma como conduzimos as coisas em nosso dia-a-dia: nosso senso crítico (se é que um dia o tivemos) está de mal a pior; a fama de explorar nossas mulheres corre mundo a fora; o trafico de drogas é cada vez mais intenso e o consumo de substâncias ilícitas pode ser constatado em plena luz do dia pelas esquinas de muitas de nossas cidades; a violência gratuita e os freqüentes roubos em horários diversos impressionam a nós mesmos, imaginem aos que vêm visitar o país; os governantes parecem estar numa ausência total de posicionamento quanto à isso tudo, fazendo com que nossa jornada cotidiana seja ainda mais penosa.
Infelizmente, as pessoas confundem suas ideologias ao manifestar suas opiniões quanto a essa verdade incômoda. Ora, o que é o dia do Brasil na França? Nada mais que um show de belas mulatas “pra gringo babar” sobre o que deveria ser um evento de orgulho e respeito. E se já não havia limites para que o pensamento sobre nós fosse tão frustrante, depois da tal globalização parece que tudo piorou.
Não é de coerência, portanto, essa paixão sem limites por “um país de ordem e progresso com suas cidades maravilhosas,” que possue um histórico tão devastador quanto à piada sem graça de uma pessoa que também passou e passa por problemas, não tendo, então, respaldo moral para julgar o problema dos outros.
Via de regra, senhores, mesmo com tristeza no coração e ego ferido por haver nascido e morar num lugar que é alvo de sarcasmo e constantemente tendo seu valor real diminuído, prefiro aceitar o compromisso de dar o melhor de mim em prol do que acredito que possa contribuir para reverter esse processo perigoso de deteriorização a que estamos expostos desde o berço.
Estou despertando, senhores. Quero que vocês despertem também desse estado decadente, para que possamos deixar de nos ajoelhar e cair. Para que um dia possamos contar com nossa própria justiça, força, coragem e honra. Para que cada um de nós possa dizer: afinal, abro os olhos!
A consciência plena do que está acontecendo conosco já seria um começo.

Obs.:“Espero que ela (Oprah) não esteja chateada de perder as Olimpíadas. Chicago enviou Oprah e Michelle. O Brasil mandou 50 strippers e meio quilo de pó. Não foi justo”-Robin Williams.

Obs.: Na foto “Patch Adams”: o ator também teve seus momentos com a cocaína.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009


Apaixonada por artes, juntando material sobre cinema, literatura, música e desenhos (grafic novels) há tempos, não resisti ao convite para encabeçar um novo projeto, sobre o qual falarei melhor mais tarde, e escrevi com maior vigor nesses últimos dias longas cartas poemas sobre os mais diversos temas (adoro carta como gênero literário, o que não gosto é a forma como eu conduzo tudo por um caminho que me parece insatisfatório no dia seguinte, mas que sempre agrada outras pessoas – mesmo que eu não consiga entender bem o porquê). Comecei a reparar que não ponho títulos nas coisas que produzo, mas só percebi porque pessoas haviam me dado o toque de que eu deveria colocar tema nas coisas que escrevo – estou falando com vocês mesmo: Mayara Guerra e Fabricio Busnello. Bom, tá legal, eu realmente não coloco, em sua maioria, título no que escrevo. O problema é que não sinto necessidade disso, na realidade não via ou ainda não vejo como isso poderia ser tão importante, senão do ponto de vista de chamar a atenção a um referido texto. Eu não escrevo para que outras pessoas me cubram de elogios, pois escrevo quase sempre para que me compreendam um pouco e não para que me julguem. Quero que os senhores acreditem, como eu acredito, que mesmo sem título existem publicações bem bacaninhas. Não gosto – ainda – de coisas que nascem, vivem, apodrecem e morrem como num jogo de marketing, por isso tento ser uma “perpetua”. Não gosto de coisas falsas como criação e falsas como estratégia. Então estou me esforçando para pôr títulos em meus escritos, pois, se uma pessoa me fala, eu dou um ouvido e se duas me falam sobre a mesma coisa eu dou ouvidos. Então, pessoal, essa primeira parte do post é para dizer obrigada aos que me ajudam em minha jornada pelo caminho das letras: suas sugestões são muito importantes para mim.
Agora um recado (que poderia ser apenas uma observação longa):
Falo sempre aos senhores porque sinto uma vontade sem fim de estabelecer novos laços de amizades produtivas. Mas, espero que vocês que andam me lendo por aqui saibam que os recebo e checo muito do que têm escrito tendo vontade, por vezes, de assinar com pensamentos meus. O problema é que não estou conseguindo postar comentários na maioria dos blogs que visito nem visualizar quantos ainda estão me lendo e com que frequência, pois o marcador do blog está quebrado há tempos (mais ou menos duas semanas após sua criação).

E é isso.

Finalizo com gracejos de cocote a todos,
N.

Obs.: Na foto, pintura de Franz Eybl, "Girl Reading"-1850.(Belo)!

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Sobre as férias/passado - 2009/planos - 2010.


Fui acusada de “não visitar meus amigos” e de “conquistar sem intenção de dar suporte”. Esta última acusação era um velho caso. Não dei muita importância ao fato, pois a mesma acusação é feita a outras pessoas que conheço de tempos em tempos fazendo com que eu me solidarize com esses colegas. Mesmo sabendo que ambas as acusações tinham fundamento, eu, ironizando, disse que nunca deixaria que isso acontecesse visto que dispunha de “muito dinheiro” e “tempo” para visitar todos os meus amigos que moram em todas as partes do Brasil e do mundo. - Não gostaria que amigos queridos se sentissem abandonados, então, passei “1.414 anos” fazendo planos minuciosos para minhas férias em 2009, pois não poderia deixar que minhas visitas atravessassem um pequeno ou grande calvário, já que dessa forma não poderia chamar essa temporada de férias. – As acusações seriam retiradas? Porra nenhuma! - Quando contabilizei o saldo dessa viagem pude verificar que não havia sido bem como eu havia planejado: ES – 1 semana; SP – 3 dias; MG – 3 dias; Natal – 1 semana. Mas, eis que tudo se desenrolou assim: de dezembro, em Natal, através das encostas dos quintais, até 03 de janeiro, daí rumo à Guarapari, através de tantos Estados, de SE, da BA ao ES e finalmente, através de toda minha elegância e camaradagem, à Guarapari. Sem direção geral: Nordeste ou Sudeste. Encontrei com pessoas que amo e respeito muito e pude constatar que a recíproca já não era tão verdadeira, pois, além de certo jogo de interesse, havia a inveja que alguém sempre cismava de ter nessas ocasiões - Nesse ponto acabou meu sossego e começou meu martírio. Paciência.

- Férias de 2009.


Agora já não faço tantos planos baseados na pressão do “querer” de outras pessoas. Como disse Selton Melo (perfeito)em O Cheiro do Ralo: hoje eu sou mais eu!
Esse ano eu quero o roteiro incluindo ao menos 05 dias em Minas Gerais. A grana é pouca – tomara que dê tudo certo.

- Planos para Férias/2010.


Obs.: Na foto, Selton Melo (perfeito 2)em o Cheiro do Ralo/2006, dirigido por Heitor Dhalia e baseado na obra de Mutarelli(premiado autor de quadrinhos).