Echo, echo, echo(...)

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009


Hoje fui acordada cedo e fiquei cheia de boas vontades. Senti-me como uma criança oriental: inconfundivel. Tive vontade de cantarolar musiquinhas em francês no caminho para o trabalho (foi o que fiz). E também tive vontade de fazer ligações para confessar paixões, ouvir Jason Mraz, tomar vinho e passar a noite em claro. Senti coisas que só se sente quando se está só. E bem que eu gostaria de dividir tudo isso. – a larva do vulcão descendo garganta abaixo, as músicas embriagantes que compartilharia apenas com quem amo, a batida interminável do violão. Tudo tão intima e sinceramente envolvidos (...) estou absolutamente apaixonada por mim.
Fico sentada. Uma caneta na mão direita. A luz. Sempre a luminosidade, a caneta, a cadeira onde me sento todos os dias – e toda essa rotina só me deixa ainda mais feliz pela possibilidade de quebrá-la, transformando a vida em algo inusitado.
Sinto-me saudável. Saudavelmente alegre. A tranqüilidade por perto, sem agitação ou conformidade polida. E os pensamentos sendo mantidos em segredo, arrastando-se lânguidos, refluindo em mim sensação de bonança por ele, por ela, por mim mesma, até o máximo.
Tentei encolher meus gestos, mas apenas aticei o largo sorriso. Não preciso, então, dirigir meu pensamento somente para minha própria existência. Estou repleta de satisfação: minhas mãos estão cheias. Nesse momento não há mais nada que eu possa receber.

(...) e cortei os cabelos no domingo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário