Echo, echo, echo(...)

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009


Estava dando uma olhada num material sobre o nazismo e me deparei com uma declaração de certo bispo, Richard Williamson, onde ele negava a ocorrência do Holocausto nazista dos judeus. Williamson falou que o que dizem sobre o Holocausto não tem fundamento, que não há provas de que 6 milhões de judeus tenham sido mortos durante a Segunda Guerra Mundial, nem tampouco foi justificado. Imaginem, senhores, que ele também “questionou o uso de câmaras de gás pelos nazistas para matar judeus presos em campos de concentração.” Esse Williamson só podia estar louco quando fez essa declaração. Isso porque a posição ultraconservadora deve ter torcido algo em seu juízo durante os 20 anos em que esteve excomungado. Então me questionei: “e quanto ao relato das pessoas, ainda vivas, que fizeram parte desse pesadelo? Ah, claro, pessoas mentem. Tinha esquecido.” Padre Quevedo e esse bispo devem tomar vinho do porto juntos – disse Elytelma Araújo.
Afinal quantas provas, quantos registros, quantas fotos, quantos documentos deve haver para que se prove a existência de uma atrocidade sem tamanho como essa? Realmente os documentários, longas, curtas, livros, teses e tantos outros materiais sobre esse assunto devem ter saído da cabeça de pessoas com uma imaginação muito fértil onde, se plantar, de tudo dá. Imagine ser alvo de hostilidade, ser caçado, escravizado e morto durante uma guerra que alcançava a crueldade no máximo da intensidade. Imagine ser uma criança, ser um pai ou mãe de família, médico, músico, ter pouco ou ter tudo, mas ser livre, e, de repente, ver-se num campo de concentração pelo simples fato de você haver nascido, da maneira mais natural, judeu (...)
Depois recebi um e-mail que informava que o Reino Unido estava retirando dos currículos escolares essa parte importante da história. Motivo alegado: porque “ofende” a população muçulmana, que afirma, assim como o bispo, que o Holocausto nunca aconteceu.” O Irã também sustenta essa firmação de que nada aconteceu. É, vai ver que esse “pequeno” acontecimento, tratado como detalhe já sem importância vai virar mito. O mundo está louco. Estou me sentido como quando assisto a debates sobre o meio ambiente e sua preservação. As pessoas agem como se não fosse problema delas, como se o simples fato de não jogar lixo nas ruas não fosse fazer diferença alguma: será, meu Deus, que uma andorinha só, realmente, não faz verão?


Obs.: Na foto, INRI Cristo: mais uma pessoa lúcida num mundo onde Holocausto é mito, não é?

4 comentários:

  1. Não é verdade que o Holocausto tenha sido retirado dos currículos escolares no Reino Unido. Isso foi simplesmente propaganda. Simplesmente.
    Em Inglaterra, onde moro, cada vez mais se fala no Holocausto com H maiúsculo, para diferenciar dos outros holocaustos menos importantes, onde só morreram não-judeus. Cada vez há mais filmes, cursos universitários, palestras, séries televisivas e também menções no ensino pré -universitário

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  2. Hum, Obrigada pela contribuição e pela informação sobre esse post, Pedro. Vou, então procurar maiores informações a respeito e retificar ou ratificar o que já postei - de acordo com o que eu vier a descobrir, ok?

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  3. Sou um tanto quanto leigo quanto a esse assunto, vou procurar a respeito pra postar aqui novamente.
    Mas, ao meu ver, sendo ignorante até isso é falta de sexo. :X

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