Echo, echo, echo(...)

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009


É possível discernir nosso próprio padrão comportamental do padrão dos que estão ao lado? (Li em algum lugar, entre os poemas de Álvaro Cirne, que as cortinas escondem exibindo-se).
Nunca compreendi por que os mais fortes são imolados aos deuses da ruína e da loucura. Mas, percebo, aos poucos, que ninguém é mais o mesmo de ontem: estaremos em processo de degeneração? Talvez. Acho que infectamos o que temos de mais precioso; degeneramos o que nos é mais querido. – Fazemos isso por fraqueza e vaidade? Talvez. – Acho que o caminho infalível de verdades absolutas, descrito nos livros da vida, pode ser a causa de nossos conflitos. Estamos destinados à perfeição: vitória perfeita ou fracasso perfeito.
“O emblema da desgraça é a desastrosa conotação que o sexo adquire: de termômetro da saúde, passa a espetáculo de açougue. É uma profusão de taras e manias; drogas e signos caducos; ambientes onde o olhar cúmplice fere mais que a palavra viciada (...) o sexo perdeu-se nesse emaranhado de comportamentos rituais; já não é suposto sem os complementos fúnebres recorrentes, ou sem a passagem histérica de um objeto a outro – mergulhou-se na burocracia hedonista da insensibilidade.”
Então é necessário, senhores, que os que se dispõem a escapar da mediocridade, mantenham o esforço constante, para que se possa estar num mundo onde todas as pessoas sejam livres, onde se possa respirar livremente, onde o modelo de raça não se identifique com intransigência e engano, um mundo que não deixe a possibilidade de cairmos mortos de repente.

Obs; Entre aspas, trecho de “Carta aos Acionistas” autoria de Álvaro Cirne.

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