Echo, echo, echo(...)

quarta-feira, 28 de outubro de 2009


Claro, como podemos amar um amigo podemos amar a felicidade. E podemos nos aventurar sonhos à dentro, mesmo com toda crueldade e sofrimento que possam existir. – o que nos resta além da aniquilação em massa que produzimos? Por que empurramos tanto lixo para dentro de todas as coisas? Devíamos temer que as porcarias que criamos nos corroessem com uma fome maior que o próprio nome. E devíamos ter vergonha, muita vergonha, de saber que nossa vaidade ultrapassa as barreiras do saudável nos transformando em míseros seres que cedem arriscadamente ao vício da mesquinharia. Não vou nem esticar o assunto sobre o reflexo pálido de quem só se importa consigo mesmo(...) esgotaria o fôlego.





É com temor que nos vejo entregando nossas almas milímetro a milímetro aos confortos da vida patética. Não quero permanecer cega no escuro, na aceitação, como se fosse uma ovelha cujo pastor seduz com chicote. Não posso afrouxar meu pensamento modelar e me quebrar caindo num abismo de futilidades. As pessoas estão se deixando corromper sem perceber que essa canção de destruição as transforma em ralé, colhendo trocados de desprezo.
Como eu gostaria que um raio de fogo e mel varado de luz atingisse a massa e a transformasse – já que o fogo tudo transforma – em criaturas ideais e encantadoras. Seria perfeito, divino, magnífico. E seria bom que fosse logo antes que o amanhã deixasse de ser pleno e belo, tornando-se fúria na forma mais hostil. Nossa loucura está perigosamente desfazendo o mundo em ruínas. Vamos nos tocar!

2 comentários:

  1. É isso aí, gatona. Adorei o pastor descendo o chicote na ovelhinha. Ovelha negra?

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  2. Hahahahahaaa Ovelha negra decerto(...)*

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