Echo, echo, echo(...)

quinta-feira, 22 de outubro de 2009


Vejo as pessoas transitando pela janela e penso em mim circulando eventualmente pelo meio artístico. Sinto que eu poderia perfeitamente viver de forma a ultrapassar meus limites. A invenção de novas formas de agir na vida, para mim, faz com que as formas tradicionais percam a aparência de sagradas. Concordo com Antônio Cícero quando ele diz que “na poesia, não é a novidade que conta, mas sim o imponderável.” E ainda cita como exemplo Goethe: não escreveu o primeiro Fausto, mas fez o melhor. (Você já leu Fausto)?
O fato é que ainda não me tornei uma leitora muito seletiva. O que é uma pena, pois sei que não posso mais desperdiçar os dias, sobretudo por andar com absoluta falta de tempo.
Ontem folheei o livro de Menotti Del Picchia, que encontrei na estante, e fiquei a procura de um conto que me privasse do barulho que vem da casa vizinha – um aniversário talvez? Ah, meus pobres ardis. Reparei que isso de que não há diferença entre sentir-me feliz em meio a duas ou três pessoas, ou entre uma multidão frenética e saudosa por afeto não funciona comigo.
Por vezes sinto que a paixão me enlaça a cintura com grande beleza física e força sobre-humana. – Uma paixão vinda de personagens imaginários dos magníficos livros que lemos. Estou curiosa: qual foi seu último personagem favorito?






Na foto, Faust Fausto 1926 Cinema Alemão Clássico Cult baseado na Obra de Goethe.

Nenhum comentário:

Postar um comentário