Echo, echo, echo(...)

quarta-feira, 21 de outubro de 2009


Agora, por favor, não me peça o que não posso(...) eu sou apenas uma menina que resiste quando tudo se complica, e só. Minha história é simples, poderia caber na orelha de um livro. Amei tanto e a toda hora que com o passar do tempo criei o hábito de amar mais, de me apaixonar mais. Em certo momento Nietzsche escreveu: “é uma barbaridade amar uma única pessoa, pois é algo que se faz contra as outras.” Talvez esse pensamento reafirme a premissa bíblica de um dos 10 mandamentos que diz: “amai-vos uns aos outros assim como eu vos amei.” Mas por que é tão complicado o amor mais sublime que o amor com interesse sexual? Por que dizer eu te amo não pode ser por afinidade de almas, sem cama? Por que não se pode ser apenas amigos? Por que não posso amar em paz e demonstrar esse afeto natural e espontaneamente já que amo muitos de diversas maneiras? Amo todos os meus amigos – tento amar também os que não são – mas, certamente, sempre fui seduzida pelo sabor de aventura que a vida oferece – mesmo por algo do cotidiano, pois, como li em algum lugar, nada precisa ser fantástico para ser bonito, o simples também pode ser belo. São formas variantes, na verdade, que estimulam a alma emotiva do ser humano, que permitem que ele esteja bem, e só quem não tem sensibilidade se atrapalha com elas. – Elas são grandes oportunidades de vivência, e de aquisição de sabedoria.
É maravilhoso quando a caminhada nos força a se enquadrar como num teste de sobrevivência. Já vi muita gente achando que o próprio sofrimento era maior que de qualquer outro, como se estivesse numa disputa onde ganha quem está pior. Acho isso uma bobagem. A vida é doce.
Bom, vou finalizar com uma frase do grande Kafka:
“Há em mim uma imensa saudade da vida não vivida.”
E que os céus continuem abertos.
Amém?
Amém!



Na foto, Radharani e Narayana.

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