Echo, echo, echo(...)

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Quanto as críticas.


Estive conversando com Junyor esse fim de semana e durante o diálogo fiquei esperando uma crítica ao meu discurso. Eu me dei conta do quanto gosto de críticas, mas de críticas com argumentos, gosto de saber como a outra pessoa encara o que penso, como ela se expressa, mesmo que eu não concorde em nada com ela. Para isso precisamos de uma noção boa do que estamos falando e, claro, de boa ótica – até porque as existentes e de maior visibilidade são sofríveis. Por um momento, digo, por um período recente me pareceu que a qualidade deixou de ser importante – estarei certa quanto a isso?
O fato é que eu adoro bons diálogos, adoro, adoro, mas as pessoas com quem poderia estabelecer esse tipo de laço estão tão sem tempo quanto eu. Em geral quando estou em uma reunião com amigos fico desnorteada quando todos começam a falar ao mesmo tempo. Eu ligo todos os meus sentidos procurando um tema interessante que alguém possa ter levantado em meio ao bombardeio de pessoas que só querem, que só precisam ser ouvidas – às vezes sem se dar conta que nada dizem. Ah, mas se detecto um assunto especial, acima do superficial então eu não relaxo. Espero extrair desse assunto o máximo o tempo todo.
Eu não tenho um gênero favorito para um bom papo – pode girar em torno de qualquer coisa embora tenha maior interesse por cinema e literatura. Gosto de pessoas que despertem o tipo de diálogo inteligente, maduro e com gosto refinado – aprendo muito com essas pessoas – tomara que esse aprendizado seja eterno.

Hoje vou terminar com uma sugestão de dois filmes hipnotizantes:
“Partículas Elementares” (2006) de Oskar Roehler e “Uma Jovem Tão Bela Como Eu” (1972) de François Truffaut. Ambos os filmes lidam com problemas emocionais profundos e apresentam uma verdade humana autêntica. Os atores mantiveram, sem dúvida, seu empenho ao máximo.
Espero que gostem.

Um comentário:

  1. Diálogos de filmes antigos. Existem uma profissão chamada dialoguista, coisa que o cinema nacional nunca teve.
    Casablanca:
    - vc me despreza, não é Rick?
    - Não. Talvez o desprezasse se eu pensasse em vc.

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