Echo, echo, echo(...)

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Uma poesia rimada que é uma resposta(ou várias)
Escreve-me perguntas de amor e eu leio tudo e não calo.

COMO POSSO PREFERIR(...)

É bom quando é maior o volume de desejo
É melhor quando existe alguma ardência no que vejo
É perfeito quando o (que) falo é suficiente
Fica mais fácil chegar a um estado mais envolvente

É bom quando o parceiro gosta de variar,
Pois gosto de novidade, de praticar 
Enxergando além do mundo comum de um vai e vem
Não há nada melhor que fazer o que se convém

Carinho é bom nos entretantos, por vezes nos finalmente
Gosto de me sentir de carne e osso alcançando um ápice decorrente
Gosto de me sentir arder, de ser invadida, possuída,
Com lentidão preliminar e rapidez no desenrolar

Mas posso preferir o contrário, dominar, comandar, controlar
Depende de pra onde quero "viajar" - depende da luz do luar
Falo (o) necessário, gosto de dor e danos
E também, em dias banais, de consolo por debaixo dos panos

Há dias em que gosto de contado superficial, só beijinhos e mais nada
- Afinal, num elevador, pode aparecer a pessoa errada
Porém, nada me impede de ser impiedosa
- É incrível o poder de alguém que sabe como se goza

Por fim, gosto de voz firme ao pé do ouvido
E não me importa se o dia já tiver amanhecido
Gosto de estar nua, escorregar em devaneios
Gosto de perder os sentidos, de formigamento entre os seios

Mas disso é fácil saber: meu clima é não ligar para o que vai me acontecer
Espero que você tenha entendido o que quis dizer realmente
De pé ou deitada, simplesmente
Sou duas: fúria e calmaria, num só ser envolvente.

(Narayana Ribeiro em resposta ao beat Mauro Mazza - 28/09/10)

Um comentário: