Echo, echo, echo(...)

terça-feira, 6 de julho de 2010


Era uma vez uma ela que se perdia no desgaste de seu próprio fôlego. E essa ela se perguntava constantemente o que havia acontecido aos seus heróis. Ouvia gritos madrugada a dentro - vez por outra tiros. Não acreditava no que escutava, nem no que lia e apenas em metade do que via. Acreditava que esse mundo não é para pessoas que, assim como ela, estão habituados a amar demais, a se divertir e digerir ações sem peso na consciência por estarem vivas.
Era dessas elas que competiam mentalmente contra a teimosia verbal dos frouxos e cretinos - malditos cretinos impestando o mundo.
Mas essa ela, essa mulher, olhava nos olhos e sorria, e se sentava na cama para depois deitar-se sem dormir. Deliciava-se com os raios de sol surgindo longe, e, acordava feliz mesmo sem haver dormido.
Era uma vez uma mulher que ousava fingir. Fingia muito bem. Fingia tão completamente que chegava a fingir que era bem estar o bem estar que ela de verdade sentia. Era fã dos versinhos de Alice Ruiz.

Não gostava de se explicar e se explicava mesmo assim. andava rápido, vagando quase sem parar. Um dia sabia que iria ter de frear, não sabia quando.
Morreria de repente
sem saber como.

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