Echo, echo, echo(...)

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Canção de encanto.


Perguntaste se eu vinha do abismo ou do paraíso magnífico.
Disseste que meu olhar era sublime e atroz.
Que eu fazia parte do que é justo e do que é nocivo.
Mas, tu achas que venho de onde?
Que desço do fundo dos céus? Que venho de uma sombria sepultura?
Pois eu digo que meu cão fiel, que me segue em minhas caminhadas, é o destino que semeia alegria e tormento.
Se estou triste, minha genialidade se esvai ao longo das lágrimas em fio.
Se tenho saudade, tenho-me insana.
Não sinto preocupação com o peso das noites insones.
Nada é pesadelo e tudo está sempre pronto.
Então tu me perguntas como podemos saber que agimos certo.
E diz que nós estarmos felizes parece incomodar.
O que me importa se somos sossego ou tentação?
O que me importa se nossos corações estão malogrados ou satisfeitos?
Se estamos transpassados pelo amor?
Fecha as aspas do pensamento.
Abre os olhos para se encontrar.
Entenda que somos o que torna a humanidade menos fútil e a existência menos feia.
Que fazemos a vida doce.
Que fazemos o mundo bom.
Entenda que não basta passar e sim construir.
E ser.
Sempre.

Obs.: na foto, as belas, Radharani, Narayana e Marina - respectivamente.

4 comentários:

  1. Quem pode ser labrinto e minotauro ao mesmo tempo? Quem pode ser ancora e asas num só ser?

    tenha sempre um saco de muito afeto consigo que é pra sempre gastar com esse comentarista aqui.

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  2. Eu posso ser o que quiser,
    Tu podes ser quem quiser,
    ELA pode ser o que quiser e quem quiser.
    Eu não sou inteiramente bom,
    Tu não és inteiramente mau.
    Podemos amar e fazer sofrer, ainda que não seja na mesma proporção.

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  3. A beleza, a vida, o destino(...)* São todos labirinto e minotauro.

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