Echo, echo, echo(...)

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Questão memorável?


Acho massa essa garotada que se mete a escrever desde tenra idade. Sempre que posso, dou meu incentivo direto, mesmo sabendo que não dá para se ensinar a ser um gênio literário - ou você é ou não é - mesmo assim, eu sempre que posso, dou meu incentivo direto para a molecada, afinal de contas tentar com todo afinco escrever poemas em plena pré-adolescência hoje em dia é prática incomum tanto quanto escrever à mão – claro que não omito minha opinião sincera, quando requisitada, mas tento suavizar o quanto posso, pois mais me interessa alguém que não escreve bem ainda, mas que pode divulgar essa prática o quanto antes em vida, a pessoas que mal leem, mal veem e mal escrevem e que vão repassar o pensamento para as próximas gerações de que sendo assim, ignorante, também se vive bem, criando dessa forma coxos mentais.
O que eu poderia dizer em desfavor de criaturinhas tão fofinhas, impulsivas, imaturas, egoístas e complicadas como qualquer um já foi ou será ao menos uma vez na vida? Disseram-me que sai muita bosta de cabecinhas assim tão jovens, mas, Senhores, quem somos nós para criticar ferrenhamente qualquer pessoa que tem peito suficiente para fazer algo que se acha capaz? Eu respondi que sim, é claro que sai muita merda de cabecinhas assim: são poucos os que nascem prontos, eu mesma tenho plena consciência de que não estou pronta – e nem sei se estarei nesta vida – preciso amadurecer muito, muito ainda.
Então eu pensei “por que não dar uma força para a galerinha?”
Visitei blogs com poemas cheios de erros ortográficos grotescos e de escolha lexical pobre, e que fique registrado que isso não foi privilegio de crianças apenas, tinha muito adulto escrevendo bobeira como se fosse grandioso e com muitos seguidores iguais.
Pois é, visitei esses blogs e nem me abalei com os mais jovens. Quanto aos adultos eu apenas pude pensar que poderiam escrever e ler melhor se esse costume fosse inoculado às suas rotinas quando eles eram bem meninos ainda. - Infelizmente vivo num país onde o hábito da leitura ainda causa prazer há uma pequena e distinta parcela da população – mas estou sempre em prece para que isso mude.
De qualquer forma continuarei dando força a quem quer se dedique no enveredar pelas vias literárias. E aos que me disseram que dessas cabecinhas sai muita bosta, e nada fazem para contribuir para que essa mesma merda seja evacuada, peço que não se atenham somente a isso: o que julgamos como muita merda durante a infância, e ainda na adolescência, com o incentivo certo pode valer ouro no futuro. Acho sinceramente que o caminho é esse.
Ora, senhores, de que vale pensar tão imenso e optar por não dividir essa imensidão com ninguém?

4 comentários:

  1. "De que vale pensar tão imenso e optar por não dividir essa imensidão com ninguém?"
    Então vamos compartilhar...
    Adoreii


    Beijos na Alma

    >>Dani

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  2. Narayana

    percebo isso sempre em vários blogues que visito.

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  3. Moya, não vejo de que forma um post com uma visão tão minha possa ter feito com que você se sentisse criticado. O post fala justamente sobre o oposto: sobre ajudar. No mais você sabe que eu te adoro e que amo cada visita sua por aqui. Seja bem vindo sempre, amigo. Beijo forte!

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