Echo, echo, echo(...)

segunda-feira, 9 de novembro de 2009


Acho que comecei a me interessar por música e poesia desde a barriga de minha mãe. Lembro que nossa casa era cheia de gente bonita e performática.
Houve uma época em que eu quis ser bailarina (infelizmente, em decorrência de seis meses e 15 dias de instabilidade em desempenho pelos quais passei, não pude alcançar senão uma apresentação de meia hora no TAM – Teatro Alberto Maranhão – Nessa época senti-me tal qual uma cerejeira que floresce de uma forma, digamos, muito rápida e as flores perecem num período curto. O sentido disso, nesse caso, era da necessidade de fazer o melhor que era concedido à época. – Isso também se foi? – de repente as coisas se equilibraram dentro de mim. O problema é que esse equilíbrio oscila num vai e vem medonho ainda hoje.
Por esses dias devido à falta de tempo surgiu um desejo profundo e conciso de me renovar no ritmo acelerado desse mundo louco. Como isso é cansativo: acordar muito cedo, trabalhar, ir “marombar” – sim, senhores, eu marombo - dividindo o horário do almoço com os ferros que puxo, depois vou trabalhar de novo, então tenho de ir para casa tomar banho para, mais uma vez, trabalhar (...) tudo que me constitui se entrelaça – não tenho distanciamento crítico suficiente de mim mesma, acho que ninguém tem – e começo a achar que nem os animais gostam de solidão.

Obs.: Na foto pessoas bonitas e marotas em Ceará Mirim: dia de tributo a Raul, grande Raul.

Um comentário:

  1. hum.....
    o tempo é complicado... é relativo... é coincidência... é livrearbítrio (reinventando a nova ortografia)... enfim... é o sorriso...

    comentários pseudodadaístas somente por: O Marquês de Pindorama

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