Art. 1° Republica Federativa do Brasil
Fundamentos:
I – Soberania;
II – Cidadania;
III – Dignidade da pessoa humana;
IV – Os valores sociais do trabalho e da iniciativa humana;
V – Pluralismo político;
Obs.: A teoria é linda – quando puder ser unida à prática será perfeito!
Nota (gigante):
Todos os dias ouço dizer que eu, em termos de imagem que passo, posso ser tomada basicamente como uma garota moderninha de gênio forte e sorriso maroto. Mas é uma definição que limita cruelmente a minha estatura, prendendo- me a um ponto de referencia que, como força ideológica e dimensão humana, não me faz justiça. As circunstâncias mais dramáticas e mais divulgadas de minha vida são abordadas por pessoas que sequer têm laços de amizade comigo, pessoas estranhas, colegas em suma, – e eu sempre combatendo isso com tamanha concentração e obstinação durante tantos anos – que se formou como que uma dependência dos outros em relação a mim. Não compreendo como é tão fácil julgar e condenar baseado em circunstancias tão superficiais. Não acho que eu deveria despertar tanto interesse, mas ainda assim desperto. Eu deveria ser mais ou menos como um parágrafo em que se encontrariam as resistências que os meus demônios internos – os quais eu acredito agora são meus melhores amigos – tiveram de vencer e implacavelmente esmagar.
O que está claro para mim é que devo trilhar o meu próprio caminho. Mas como posso fazê-lo, fora de meus escritos e meus enunciados teóricos? Tento não dispensar os instrumentos concretos que me são disponibilizados para me exercer afirmativamente - apesar de vez por outra deixar que um martelo caísse machucando meus pés. Sei que não me integro na linha oficial pelo simples fato de não estar no poder e fico constantemente de mãos atadas e dependente da facção dominante. Com minhas trevas exteriores tento contestar interminavelmente o que acredito ser injusto, mas sem tempo ou condições para me afirmar senão em oposição às ideias que combato.
Seja como for, fica sempre a impressão, referida no início dessa nota, de eu ser uma Narayana engraçadinha, geniosa e encantadora, quando eu sou, na realidade, muito mais que isso.
Onde é que isso vai parar?
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