***Ensejo de recanto perpendicular.*** (So, is there any word out of this dream? The words are inside you, my friend, and they're looking for you).
Echo, echo, echo(...)
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
Falando sério: a vida é doce!
Mesmo insone e de olhos bastante abertos, penso em como poderia ter reconhecido uma face menos apreciável como retrato de mim mesma.
E o tempo passando e eu sentindo uma falta não sei de quê que só dependia de mim. Então eu olhei para trás e pensei: “o que há de errado comigo?”
Ainda sem saber a resposta, comecei a dar voltas pelo quarteirão, depois fui à praia no meio da noite. Contemplei as poucas estrelas, – os céus estão sempre abertos ou isso é mais uma falsa impressão? – acariciei meu próprio rosto por uns instantes, quis ser uma menina novamente e correr sem freios, com aquela sensação maravilhosa de liberdade que só se tem quando se é criança demais. (Estaria eu na esquina da saudade, aboletada em um bar sem nome)?
Dei-me conta que só sabia de mim.
Não fui gentil, não enlouqueci, não me limitei, mas me defini.
Fui seguindo caminho, indo em qualquer direção. Esperei que a chuva caísse, mas ela não veio. Senti-me só.
Descolei amigas na noite: andei de mãos dadas com a loucura e a razão. Descobri que minha parte mais difícil era esquecer meus interesses e manter distância de mim.
Pensei nas coisas que causei, no bem estar de pessoas, procurei por coisas novas em meus devaneios, tentei reinventar uma outra Narayana mais absoluta e de efeito profundo – o que me foi inteiramente impossível, pois eu já o era em último grau.
Continuei andando acelerada, quando sozinha, devagarinho, sondando, ousando, calada, manipulando, mas sobretudo, buscando.
Busquei transgredir as regras sem dar a face à tapa.
Cumpri ordens com a certeza de que era o melhor a ser feito.
Causei bem estar e mal estar.
Sofri e fiz sofrer, às vezes por sadismo.
Estou me divertindo e digerindo a falta de peso na consciência, senhores.
Hoje, assim como ontem, eu sou mais eu.
Obs.: Blog ao qual eu fiz alusão no corpo do texto: na esquina da saudade, aboletados em um bar sem nome. Muito prazeroso de ler.
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Foto com "dedinho na boca, gostoso, doce, mel"
ResponderExcluirE a Rua da Saudade existe mesmo...assim como o Bar Sem Nome (não é o nome dele, é que não tem nome MESMO)e outrora abrigou as reuniões de uns doidos... saudades daqueles tempos... obrigado pela alusão, ficou lindo no meio do seu lindo texto...
ResponderExcluir=**
Nossa. Que satisfação. Um bar sem nome na esquina de uma rua chamada Saudade(...)* Muito poético.
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