Echo, echo, echo(...)

terça-feira, 25 de maio de 2010

DECLARAÇÃO DE UMA PUTA POÉTICA

Habitei um baú de novidades do mundo da moda.



Representei de mãos atadas a divina comédia de Dante, mas não sou feita de carne: apenas sangue e vento: sou a visão do inferno depois que o fogo se apagou.
Meu caminho que estava escondido de mim, agora está diante de meus pés. Dei o primeiro passo me achando a pessoa mais idiota do mundo: - Não se gabe disso, - disse o Marquês - muita gente disputa esse título.
Eu me apresentei como Alejandra Pizarnik e ganhei um vinho muito bom. - Se eu pudesse dormir(...) Mas eu não durmo.



Saio na noite que abre suas coxas para mim num festival de luzes que me acendem.
Preciso dar uma bolinada em alguém, - não posso largar esses velhos desejos - sigo pelos bares cheios de homens que eu nunca tocarei.
Você nasceu cercado como se estivesse só no mundo. Não é à toa que a gente se encontra; somos os únicos sós.
Sinto uma sedução relativa fazendo pulsar a xoxota e vibro através do silêncio dos intelectuais: eu poderia mudar qualquer coisa por você, exceto eu mesma.



Esbarrei em você na noite e você estava dentro de mim: bem dentro de mim.
Você gozou e foi embora, e eu virei para o lado e dormi com meu sorriso de Dália Negra no rosto.

- Justine Febril.

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