Echo, echo, echo(...)

sábado, 24 de abril de 2010






Estava pensando em tudo de bom que andou me acontecendo nos últimos meses: A.H., Sânzio, Emilia Ract, Iva Tai, meu microondas, meu net book, minhas gatinhas Lilly e Dallas(...)
Então estava tudo muito bom, tudo muito bem, mas realmente eu estava mesmo era cansada de não ouvir nada legal durante muito tempo - tirando e-mails muito queridos. - deixo então que o restante se cale.
Arrumei a casa e escrevi um pouco. Tentei estudar - não consegui. Então vou postar o que escrevi a dois dias e meio, assinando com um de meus pseudonimos mais queridos. Espero que os senhores gostem:

"Gostava das flores amarelas dentro do vaso em cima do criado mudo: não cheiravam bem, mas eram bonitas.
E eu gostava de ver seus olhos voltados para cima, me encarando enquanto trabalhava, gemendo baixinho, devagar, almejando uma vida vivida e não uma vida pensada.
Por pouco eu não comprei uma casa para você – pensei se isso valeria realmente a pena – foi por pouco. Quase confiei na sorte.
No final não consegui descrever o que era estar com você, e, apesar de me sentir bem com a alucinação que me causava o toque aveludado da sua língua, não pude evitar o êxtase que me arrebatou quando me despedi de você no portão.
Agora já consigo me lembrar com clareza do excitamento sexual que seus gestos artificiais me proporcionavam – (quando isso acontecia eu me perguntava se eu precisava mesmo daquilo). O fundo da garrafa me fez ver que a unidade não existe.
Tudo estava ao meu alcance. Então eu estiquei os braços, levantei da cama e fui embora."

- Salvador Rios.

5 comentários:

  1. Fico agradecido pela parte em que eu te toco.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. preciso falar, que a tua chegada em minha vida veio tal o mar, o (a)mar, o (m)ar que respiramos em letras que nunca se esquece

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