Echo, echo, echo(...)

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Recado ao Ócio


Paga-se pelo resto da vida quando se comete o erro de confiar em muita gente. Acredite, estou cheia disso tudo: preciso voltar a viver.
Porque simplesmente não estou conseguindo me concentrar para achar as respostas. Não consigo me concentrar para matar minhas agonias constantes
Consequentemente
Sempre que esqueço as reticências
Sinto que posso voltar a escrever.

(Como diria o velho Verbero, amigo íntimo de meu pai: fode-te, rea-te, lasca-te
Porque quem é bonito é bonito e quem é feio que se dane – ou faça gols).

Já não uso mais os mesmos óculos escuros
Mas também já não derramo mais as mesmas lágrimas
Nem lágrima alguma
Sou só sorrisos
Até mesmo nos lamentos
Estou superando as minhas próprias expectativas.

(Meu pai está sempre me desejando coisas que nunca desejaria para si
Por quê?)
Eu apenas não sei o que fazer de mim mesma
Não sei se te visito
Nem se atendo os telefonemas – odeio telefonemas
Você tem vontade de que eu faça o quê?
Ah, não diga!
Desisti de saber
Estou chata
E emburrecendo

Pior que nem estou confusa
E você não faz milagres
Nunca fez
Nunca fará.

-Régia Ribeiro/1995.

2 comentários:

  1. Lembrei disso aqui quando li:

    "Sempre que puderes, faze por ti mesmo o que tens a fazer". - Emmanuel

    Coisa estranha, mas esse texto tem mtas palavras que eu uso... talvez seja um texto "eu".

    bjks

    Camila

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  2. Camilinha, meu bem,
    O estranhamento deve ser porque você é tão verdadeira quanto eu fui em 1995.
    Seu blog está perfeito, e suas visitas são um alento para mim.

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